Domino’s Pizza fecha lojas na Itália após não conseguir conquistar clientes

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Rede americana entrou no país em 2015 e foi prejudicada pela pandemia e forte concorrência dos restaurantes locais. Loja da Domino´s em Seattle, nos EUA
Ted S. Warren/Ap Photo
Sete anos depois de abrir sua primeira loja na “casa” da pizza, a gigante global Domino’s Pizza está deixando a Itália.
As últimas lojas da Domino’s Pizza na Itália foram fechadas em meio às dificuldades enfrentadas pela empresa que operava as lojas da rede no país e forte concorrência dos restaurantes locais.
A rede americana entrou na Itália em 2015 por meio de um acordo de franquia com a ePizza SpA, que entrou com um pedido de recuperação judicial em abril. Como parte do processo para evitar uma falência, a empresa recebeu proteção contra credores por 90 dias. No entanto, essa proteção chegou ao fim no mês passado, segundo reportagem da Bloomberg.
A rede já havia reduzido as operações no país desde 2020 e deixou de oferecer o serviço de delivery em seu site em 29 de julho. Em 2020, a master franqueada administrava diretamente 23 pontos de venda na Itália e outras seis lojas eram administradas por meio de subfranquia.
Representantes americanos e italianos da ePizza e da Domino’s não responderam às mensagens da Bloomberg pedindo comentários sobre o fechamento das lojas.
Quando entrou na Itália, há 7 anos, a Domino’s pretendia se destacar com um serviço abrangente de entrega em domicílio e um cardápio diferenciado, incluindo coberturas ao estilo americano, como abacaxi.
A notícia de que a Domino’s estava saindo da casa da pizza foi aplaudida por diversos usuários das redes sociais. “Sempre me perguntei como a Domino’s poderia sobreviver em Nova Jersey, quanto mais na Itália”, tuitou o jornalista Dave Jamieson.
De acordo com a Bloomberg, a operação da rede na Itália teve problemas quando os fabricantes tradicionais de pizza começaram a usar aplicativos de entregas ou assinaram acordos com serviços de terceiros, enquanto as restrições impostas pela pandemia de Covid impediam as pessoas de jantar fora.
“Atribuímos o problema ao aumento significativo do nível de concorrência no mercado de entrega de alimentos, com redes organizadas e restaurantes entregando comida, serviços e restaurantes reabrindo após a pandemia e consumidores gastando mais fora de casa”, disse o ePizza em relatório que acompanhou os resultados do quarto trimestre de 2021.
A proteção judicial oferecida em abril por um tribunal de Milão, que impadia credores de confiscar os ativos da empresa, expiraram em 1º de julho e não houve mais atualizações sobre o processo judicial, relata a Bloomberg.
A empresa tinha € 10,6 milhões (US$ 10,8 milhões ou cerca de R$ 55 milhões) em dívidas no fim de 2020, de acordo com os últimos relatórios.

Fonte: G1 Mundo