Boletim estadual confirma mais de 1,8 mil casos de chikungunya no Tocantins em 2022

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Aumento até a 24ª semana epidemiológica é de 2.027% nas confirmações doença. Ministério Público cobra providências para redução de casos na capital, onde os diagnósticos positivos passam de mil neste ano. Agentes de endemias buscando focos do mosquito
Raiza Milhomem/ Secom Palmas
Em novo boletim de monitoramento das doenças causadas pelo Aedes aegypti, divulgado nesta semana pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), a chikungunya segue com maior incidência de notificações e diagnósticos positivos, com mais de 1,8 mil pessoas confirmadas. Como os dados são maiores na capital, o Ministério Público do Estado cobrou informações da prefeitura sobre as ações para combater o mosquito.
Conforme os novos números divulgados na quinta-feira (23), entre 1º de janeiro e dia 18 de junho, foram 1.808 casos confirmados neste ano, contra 85 no mesmo período de 2021. Isso representa um aumento de 2.027%.
Sobre as notificações da doença, o aumento é de 1.311%, com 6.180 em 2022 e apenas 438 no ano passado.
Até o momento, moradores de 39 municípios tiveram chikungunya, e a maioria está em Palmas, cidade que tem mais de mil casos confirmados. O boletim não traz óbitos em decorrência da doença.
Dengue e zika
Com relação à dengue, são cinco mortes registradas neste ano. Os óbitos ocorreram em Carmolândia, Dois Irmãos, Dueré, Gurupi e Tocantinópolis. Também há três mortes em investigação nas cidades de Recursolândia, Silvanópolis e Tocantinópolis.
Até o momento, 119 municípios confirmaram casos de dengue. São 14.358 casos de dengue em 2022 contra 1.828 no mesmo período do ano passado, um aumento de 685%. As notificações passam de 36,6 mil em 2022, sendo que em 2021 foram 4.076, um aumento de 798% até esta quinta-feira (23).
As confirmações da zika tiveram redução de 42%. Em 2021 foram 33 casos contra 19 neste ano. Segundo o documento, não há óbitos confirmados nem gestantes que tiveram a doença.
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Cobrança de providências
Por causa dos altos números, a 19ª Promotoria de Justiça da capital solicitou à Prefeitura de Palmas informações a respeito da situação atual e quais providências estão sendo tomadas para conter o Aedes e, consequentemente, as doenças.
O órgão pediu os números relacionados à dengue e chikungunya e previsão para que o avanço dessas doenças seja contido. O município tem o prazo de 15 dias para responder.
O que diz o Município
A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) confirmou o recebimento da notificação e ressaltou que aumento de casos de dengue e chikungunya ocorreu em todo País.
Também explicou que as medidas realizadas por agentes de endemias, como visitas domiciliares, ingresso forçado em casas ou lotes fechados com possíveis focos do Aedes aegypti e pesquisas sobre a situação das doenças para direcionamento das ações contribuíram para que não fosse registrada nenhuma morte na capital.
A pasta destacou ainda que uma das medidas para conter o mosquito em sua forma alada é a borrifação de inseticida de ultrabaixo volume (UBV), ou fumacê.
Neste sábado (25) começa a segunda etapa de aplicação em 11 quadras e bairros de Palmas. Segundo informou a Semus, o combate ao mosquito se concentra em quadras com maior número de notificações para chikungunya.
Confira neste link o cronograma de aplicação do fumacê em quadras e setores da capital.
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Fonte: G1 Tocantins