Carros e motos invadem ciclovia off road e colocam ciclistas em risco: ‘Pode valer a vida de uma pessoa’

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Ciclovia foi construída para ligar Palmas ao distrito de Taquaruçu. Usuários cobram consciências de motociclistas e motoristas. Ciclistas denunciam tráfego de carros e motos em ciclovia
A ciclovia off road que liga Palmas ao distrito de Taquaruçu vai ser entregue neste sábado (9), mas antes mesmo da inauguração a via se tornou motivo de reclamação. É que o trânsito está liberado para os ciclistas, mas tem motos e carros invadindo a pista e causando acidentes.
“Precisa conscientização das pessoas que usam os veículos motorizados de que ali não é para eles. É muito bom para a gente que pedala, para o ciclista ter essa opção de sair da pista, mas não depende só do ciclista. Às vezes a pessoa pensa: ‘É só 100 metros, um quilômetro vou por dentro’. Só que esses 100 metros a um quilômetro pode valer a vida de uma pessoa”, disse a empresária Michele Faria.
As placas deixam bem claro que apenas o trânsito de bicicletas é permitido, mas no local é possível ver as marcas de pneus de carros e motos. Ao perceber a presença da reportagem, uma caminhonete que estava entrando no trajeto deu a ré e foi embora. Em outro trecho tinha um carro estacionado atrapalhando a passagem.
A ciclovia tem, no total, 28 quilômetros de extensão. Só que o trecho perigoso, segundo os ciclistas, é de nove quilômetros entre a capital e Taquaruçu Grande.
O Rodrigo Margonari de Faria sabe bem do risco. No último fim de semana ele, a esposa e um grupo de amigos resolveram fazer um pedal. Só que o que era pra ser diversão quase virou uma tragédia.
“Em uma das curvas acabou que eu colidi de frente com uma motocicleta. Ela vinha no sentido oposto, estava errada, em uma ciclovia devidamente sinalizada. Tem as placas dizendo que não poderia estar lá, mas para nossa surpresa não foi o que aconteceu”, disse o empresário.
Passagem de carros e motos é proibida em ciclovia
Reprodução/TV Anhanguera
A esposa, em outro momento, também passou por uma situação perigosa. “Na hora que eu estava descendo tem um muro ali e eu não enxerguei a moça saindo da vicinal de moto e ela também não observou porque estava observando a pista no sentido contrário. Eu freei, comecei a gritar até ela escutar e frear também, mas tirou um fino muito grande”, contou a Michele Faria.
O Sérgio Henrique Lopes representa os ciclistas do Tocantins e fala do risco o tráfego de outros veículos oferece. “A ideia primordial de uma ciclovia é que você não dispute espaço com o carro. Isso aqui é exclusivo para o ciclista”, comentou o vice-presidente da Federação Tocantinense de Triathlon.
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Fonte: G1 Tocantins