Matuê convida ele mesmo pra homenagear o Nordeste no The Town

0
34
Rapper se colocou a ‘nova música do nordeste’ e fez um show confuso, mas continua provando mesmo para quem não gosta que é o grande nome do trap nacional. Matuê canta “Quer voar” no The Town
Quando o Matuê foi anunciado na lineup do The Town como “Matuê convida O Nordeste” se imaginou que ele fosse colocar alguns representantes da música nordestina no palco do festival, mas o artista cearense de 29 anos aproveitou a oportunidade para se colocar como a nova música da região.
THE TOWN 2023 Assista aos shows dos palcos principais
Veja a programação completa
O público que enfrentou um atraso de 30 minutos para a produção de uma estrutura de palco que só foi utilizada na segunda parte do show, sob sol forte, logo se empolgou quando o rapper entrou cantando “É Sal”.
Por causa do calor, o g1 presenciou ao menos 4 desmaios, em um deles uma jovem foi atendida por uma equipe de bombeiros. O show do Tuezin lembrou até o da Billie Eilish no Lollapalooza 2023, onde fãs mais novos enfrentaram horas no sol e houve desmaios em massa.
É inegável a popularidade de Matuê, mesmo sendo oficialmente o primeiro show do dia no festival, um horário que geralmente é prejudicado, ele atraiu milhares de jovens para o The One. E o cantor parece confortável com o seu público, sem querer surpreender ou atrair novos fãs.
Ele entrou no palco com um áudio que dizia “só prestigiamos artistas do nordeste quando eles vão ao sul”.
Matuê só tem um álbum lançado, “Máquina do Tempo”, de 2020. Mas sua carreira já ganha força há quatro anos em faixas avulsas. Com sucessos como “Anos luz” e “Kenny G”, acumulou fãs e detratores.
Inclusive, “Kenny G” foi uma das músicas mais esperadas pelo público. Apesar de empolgar o seu público, para quem estava simplesmente passando na hora da apresentação, o show não chama tanta atenção e o uso das pirotecnias é cansativo.
O cantor também trocou de roupa ao menos 3 vezes para enfrentar o calor.
Matuê reproduziu até um trecho de uma entrevista do cantor Belchior, antes de tocar guitarra em “Anos Luz”.
A homenagem ao nordeste que foi prometida, ficou subentendida, e podemos até não gostar do estilo de Matuê, mas não dá para negar que ele virou um dos grandes nomes do trap nacional.
O homem que tem “Brasileiro” como sobrenome já virou maior do que o primeiro horário de festival.

Fonte: G1 Entretenimento